Cimento queimado: versatilidade do piso à parede

O cimento queimado é um tipo de revestimento que tem sido cada vez mais adorado pela sua versatilidade. Uma opção resistente e barata, que pode ser utilizado tanto no piso quanto na parede e se adéqua a diversos estilos de decoração, além da facilidade da aplicação: um verdadeiro coringa da arquitetura contemporânea.

DO QUE É FEITO O CIMENTO QUEIMADO?

O que é chamado de cimento queimado é na verdade uma mistura composta basicamente de cimento, areia e água, mas que pode conter também aditivos, como a sílica, que diminuem os riscos de rachadura na aplicação e melhoram a aderência da mistura. Tradicionalmente, essa mistura é preparada em suas proporções no próprio local de aplicação, mas atualmente existem misturas prontas à venda no mercado, onde só é necessário adicionar água para iniciar a aplicação.

Embora tenha se tornado cada vez mais popular, a mistura e a técnica já são antigas, vindo da zona rural. O tradicional piso Vermelhão contém exatamente a mesma mistura base do cimento queimado, mas adiciona também o pó à base de óxido de ferro, que dá a coloração de vermelho-terra. Era um tipo de piso com bastante apelo popular pelo seu custo benefício, mas, ao contrário da reinvenção atual dele, exigia o esforço de manutenção na aplicação cera para dar o efeito brilhante.

A aplicação atual do cimento queimado já conta com a aplicação de um verniz impermeabilizante após o piso ficar pronto, que oferece um acabamento brilhante similar ao enceramento dos Vermelhões (ou opção de um acabamento fosco), e que dá mais uma camada de proteção para o piso.

Além disso, para fugir do cinza que pode parecer muito duro ou rústico, do cimento tradicional, pode-se utilizar o cimento branco ou o pó de mármore para obter uma composição mais clara. O uso do cimento branco também possibilita a transformação do cimento queimado em outras cores, que não seriam possíveis a partir da base cinza tradicional.

CIMENTO QUEIMADO NA ARQUITETURA RESIDENCIAL E CORPORATIVA

Por ser um tipo de revestimento de alta resistência, pode ser utilizado em diversos tipos de ambiente, sendo uma ótima escolha tanto para residências quanto para empresas e corporações. Além disso, sua coloração tradicional em cinza pode ser trabalhado em diversos estilos de decoração, combinando-o com materiais como: madeira, vidro e metal,  por exemplo.

Uma dica de decoração é apostar nas cores mais vibrantes e alegres, que contrastam bem com o aspecto frio do cinza tradicional. Apostar na decoração do mobiliário e em acessórios é o principal para dar mais vida e a personalidade do cliente ao ambiente em que o cimento queimado traz mais rigidez. O espaço se transforma, adquirindo uma cara mais industrial, rústica ou elegante.

Um outro ponto interessante do uso do cimento queimado é que por ser um material frio, é uma ótima opção para a regular temperatura de ambientes muito expostos ao sol. Dessa forma, é uma boa opção para ambientes de escritório ou de produção, que precisam ter temperaturas mais amenas. Para ambientes que precisam ser mais aconchegantes, no entanto, é preciso balancear com uma decoração mais quente e confortável, no contrário, não é indicado.

CUIDADOS NA APLICAÇÃO

É importante ressaltar que, mesmo que o cimento queimado seja um revestimento versátil que pode ser utilizado tanto no piso quanto na parede, ele se comporta de formas diferentes nesses dois lugares. Por isso, embora o cimento queimado seja um revestimento considerado de fácil aplicação, é imprescindível que seja aplicado por um profissional experiente, especialmente se aplicação for feita no chão.

O concreto durante o período de secagem e endurecimento, ele vai se dilatando e, se essa dilatação não é levada em consideração na aplicação, pode ocasionar em rachaduras. Por isso, ele não pode ser aplicado como uma peça única no ambiente, ele precisa ser dividido em espaços menores e possuir um respiro entre este eles para a dilatação, o que é calculado pelos arquitetos.

E mesmo após a secagem completa, o peso dos móveis e o trânsito das pessoas no ambiente também causam influência no revestimento, também podem ocasionar em rachaduras. Isso não quer dizer que o cimento queimado não pode ser aplicado em ambientes com maior trânsito, como ambientes corporativos, mas que precisam de cuidados específicos para garantir que não existirão problemas futuros.

Na parede, esse problema não é tão intenso quanto no piso. Como não há movimentação, a dilatação do cimento queimado é menor.

A preparação do espaço para receber o cimento queimado também é extremamente importante para o sucesso do produto final. Um contrapiso bem feito e uma parede bem acabada são fundamentais para um cimento queimado bem liso e bonito.

Um material extremamente versátil e em alta na arquitetura, tem tudo para ajudar a compor o ambiente ideal, tanto para casas quanto para escritórios.

OUTROS TIPOS DE CIMENTO QUEIMADO PARA A PAREDE

Com a popularidade do cimento queimado na decoração de interiores, têm surgido no mercado opções mais acessíveis e de fácil aplicação que já vem prontas ou que podem ser feitas em casa. São opções que são exclusivas para serem aplicadas na parede, pois não possuem a alta resistência e durabilidade que o cimento queimado tradicional oferece para serem aplicadas no piso.

A primeira delas é o papel de parede com estampa que imita a estética o cimento queimado. Feito especialmente para aqueles que querem uma aplicação fácil e rápida, sem muito trabalho, cheiro ou tempo de espera, o papel de parede tem esses benefícios.

Outra opção mais acessível é substituir o cimento por argamassa na receita original do cimento queimado. Uma opção com menor custo e mais rápida de ser feita, uma vez que o cimento não precisa ser preparado antes de ser misturado à água e os outros aditivos. Tem boa durabilidade, especialmente quando aplicadas às paredes, no entanto, ainda é preciso tomar cuidado com o espaço de dilatação.

Entre estas, opção mais econômica é a mistura produzida com base de massa corrida, na qual é misturada cera e pigmento. O pigmento mais utilizado é o preto, a fim de obter um tom de cinza do cimento queimado, mas essa opção permite qualquer tonalidade, utilizando corantes líquidos ou em pó que sejam diluíveis em água. Embora seja de fácil aplicação e tenha um efeito estético muito aproximado do cimento queimado original.

Compatibilização de projeto: 5 dicas para economizar tempo e dinheiro

Você sabia que a compatibilização de projeto pode ajuda-ló a economizar tempo e dinheiro?

Um projeto de edificação, seja ele de pequeno, médio ou grande porte é algo complexo e que pode envolver uma equipe multidisciplinar para fazer com que a construção atenda todas as necessidades do cliente com sucesso. Podendo envolver uma equipe de engenharia, de arquitetura, de decoração e outros profissionais, todos com suas atuações em pontos específicos, é importante que todos os profissionais atuem de forma integrada ao projeto.

Lidar de forma integrada com um projeto permite aos profissionais uma visão geral de todo o planejamento, assim como, detectar irregularidades ou interferências que podem acarretar em problemas na execução da obra. 

A tarefa de compatibilizar esses projetos cabe a figura do Gestor de Projetos, que atua administrando toda a equipe de trabalho com cronogramas, custos e objetivos a serem alcançados. Isso ocorre sobrepondo todos os projetos produzidos para a execução daquela edificação usando softwares específicos, como o AutoCAD. São unidos projetos de estrutura, arquitetura, elétrico, hidráulico, climatização, telecomunicações, arquitetura de interiores e todos os outros aspectos que estejam sendo produzidos concomitantemente. 

O quanto antes um problema é detectado na compatibilização do projeto, mais rápido é possível oferecer soluções em conjunto para editar que existam mal entendidos e problemas no canteiro de obras, que geram mais custos e aumento dos prazos. E esse é um dos grandes benefícios da compatibilização, pois estas análises são feitas ainda na fase de elaboração do projeto. 

Outro benefício da compatibilização do projeto é a simplificação da fase da execução, uma vez que é possível calcular com precisão o uso do materiais e também o tempo de construção da edificação. Calcula-se que a possibilidade de intervenções no canteiro de obra diminui consideravelmente e, com isso,  o custo total da obra pode ser reduzido entre 5% e 8%. 

A compatibilização também faz com que os profissionais envolvidos no projeto, que trabalham cada um na sua especialidade, possam interagir e entender que o projeto depende de todos os profissionais trabalhando em conjunto.

A seguir, separamos 5 dicas imprescindíveis na compatibilização de projetos que pode aumentar ainda mais a economia de tempo e dinheiro no seu projeto:

Compatibilização de projeto: 5 dicas para economizar tempo e dinheiro

1) Planejamento como prevenção

Uma boa forma de iniciar qualquer tipo de obra em que precise ser executada qualquer tipo de serviço que envolva diversos profissionais é definir todas as especialidades que estarão presentes e o que será executado já no início do projeto. 

Assim, é possível estabelecer parâmetros que vão influenciar no desenvolvimento de todos estes trabalhos, estabelecendo caminhos ou espaços específicos onde algum sistema irá passar. Entre outros serviços que deverão também ser executados, como sistema elétrico, hidráulico são alguns exemplos. Além de que prevendo todos esses serviços com projeto você estará prevendo todos os custos antes mesmo de começar a executar.

2) Comunicação é imprescindível para qualquer tipo de projeto

Para um Gestor de projetos, a comunicação é tudo. A facilitação da comunicação entre as equipes ou os profissionais durante o desenvolvimento dos projetos pode evitar que mal entendidos como o cruzamento de dois sistemas no mesmo lugar. 

Reuniões com representantes das equipes podem contribuir para o alinhamento das ideias e das possibilidades que o projeto oferece, além de facilitar a resolução de problemas. 

3)Padronização no desenvolvimento do projeto

Para lidar com uma equipe diversa, outra ferramenta de alinhamento na comunicação é a definição de padrões pelos quais o projeto será desenhado. É preciso que todos os profissionais envolvidos sejam capazes de ler e entender claramente os projetos desenvolvidos e que Gestor consiga ter uma visão total dos processos.

Existem várias formas de fazer com que um projeto compatibilizado consiga ser facilmente compreendido. Uma das mais intuitivas é a divisão por cores, mas sempre que possível pode-se utilizar qualquer outro elemento que facilite a leitura geral, o importante é que todos os projetos sejam produzidos na mesma linguagem e de acordo com as normas ABNT, um sistema padrão para arquitetos.

4)Abra-se às possibilidades de mudança

Na fase do desenvolvimento de um projeto, é preciso lidar com diversas possibilidades que o projeto pode assumir para atender às necessidades e expectativas do cliente. Por isso, é preciso sempre apresentar alternativas que possam alcançar os mesmos objetivos, no caso de alguma interferência ser detectada e uma mudança precisar ser realizada. 

5) Entenda seu cliente

Atender às expectativas do cliente de forma inovadora e criativa é o grande objetivo de um projeto de arquitetura. Por isso, a fase de briefing e planejamento pode ser considerada uma das mais importantes, antes mesmo da execução da obra, pois é o momento para conhecer um pouco mais as demandas e os sonhos que o cliente quer realizar através do projeto. Um briefing mal executado ou mal interpretado resulta em um projeto que não agrada o cliente, o que gera perda de tempo e de dinheiro, além de um relacionamento profissional desgastado. 

Entender as preferências do cliente é um dos pontos principais que faz um bom projeto de arquitetura. 

Ergonomia no ambiente corporativo: qualidade de vida aplicado ao projeto

Qualidade de vida deve ser um elemento chave para ser pensado também no projeto arquitetônico. Um projeto mal executado ou deficiente em algum aspecto pode não só causar pequenos desconfortos nas pessoas que vão utilizar o espaço, mas influenciar diretamente na saúde e na qualidade de vida destas pessoas. É aí que entra a ergonomia. 

O que é a ergonomia?

A Organização Mundial do Trabalho (OMT) define ergonomia como uma aplicação em conjunto das ciências biológicas e da engenharia para assegurar conforto e eficiência no local de trabalho.

Sendo assim, o estudo da ergonomia é essencialmente multidisciplinar, podendo envolver profissionais de áreas diferentes ou especialistas no assunto. Ela tem como objetivo aumentar o conforto, a saúde e a segurança dentro do ambiente de trabalho através do entendimento do corpo do indivíduo com o espaço e as máquinas que ele opera. 

São medidas extremamente positivas para os colaboradores e os empresários, contribuindo para minimizar cada vez mais os impactos e riscos de acidentes de trabalho e até mesmo queda na produtividade. 

Ela é regulada pela NR 17 do Ministério do Trabalho e Emprego, que existe desde 1978, que foi desenvolvida em conjunto com sindicatos e associações de trabalhadores, motivada pelo aumento de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. 

De acordo com a NR 17, independente do tamanho ou do número de funcionários, é responsabilidade da empresa realizar a Análise Ergonômica do Trabalho (AET), e aplicar medidas que eliminem seus riscos. 

A AET leva em consideração, no mínimo, os aspectos de: 

    1. As normas de produção;
    2. O modo operatório;
    3. A exigência de tempo;
    4. A determinação do conteúdo de tempo;
    5. O ritmo de trabalho;
    6. O conteúdo das tarefas.

A avaliação destes aspectos dentro da empresa pode detectar as possibilidades de acidentes, doenças ou lesões ocasionadas dentro do espaço de trabalho. Assim, é possível tomar medidas a fim de eliminar essas possibilidades ou, ao menos, diminuí-las. 

Dessa forma, a norma faz com que a ergonomia seja entendida pelo poder público como um aspecto importante não só da segurança mas também dos aspectos psicofisiológicos dos colaboradores da empresa, que proporcionam um melhor desempenho destes dentro das suas jornadas. 

E a preocupação das empresas com a ergonomia, para além de ser uma exigência legal, pode ser uma importante ferramenta de gestão de pessoas: mostra que ela se preocupa verdadeiramente com a qualidade de vida da sua equipe.

Esse reconhecimento faz com que os colaboradores se sintam valorizados e motivados a desempenharem suas funções. E essa é um ponto significativo que pode impactar na qualidade de vida das pessoas.

Como aplicar em projetos corporativos?

A aplicação da ergonomia no projeto arquitetônico começa conhecendo o perfil da empresa para que o ambientes está sendo desenhado. É importante não só saber o que ela produz, mas também entender e mapear os riscos que as atividades desempenhadas podem trazer à saúde da sua equipe.

E, embora existam riscos que são mais comuns no ambiente de trabalho, como posturas inadequadas e lesões decorrentes de repetições, entender o perfil da empresa é essencial para identificar aqueles riscos que são mais imperceptíveis, mas que podem causar problemas posteriormente. 

A adequação à NR 17 através da AET já no planejamento do espaço é uma forma de conhecer mais a fundo a complexidade das relações de trabalho e espaço que a empresa pode oferecer. 

Apesar da ergonomia ter normas muito técnicas, isso não significa que os ambientes corporativos projetados não possuam criatividade ou inovação. Estes dois conceitos se relacionam muito com o objetivo da ergonomia, e é justamente através da criatividade e da inovação que o ambiente pode se tornar ainda mais agradável e confortável para os colaboradores que mais fazem uso dele.

O apelo visual da decoração do ambiente também possui efeitos na rotina dos colaboradores, assim como disposição do layout, a temperatura, circulação do ar, os ruídos, claro, o mobiliário ajustável às necessidades daquele que o utiliza. 

Projetar um bom ambiente corporativo é se preocupar com todos estes aspectos ao mesmo tempo, sabendo criar entre eles o equilíbrio perfeito, a fim de trazer a melhor experiência possível para as empresas e os seus colaboradores. E esse é o objetivo da GAVA Arquitetura em todos os seus projetos de arquitetura corporativa.